terça-feira, 22 de abril de 2008

ANIMAÇÃO CULTURAL

Não se poderá entender o processo de mutação que estamos vivenciando limitando o pensamento das revoluções democráticas, industriais e culturais sendo realizadas separadamente, ou seja, em bloco. Todo o tecido social está sendo profundamente afetado pelo progresso da democracia, da indústria e pela extensão propagada pelos meios de comunicação de massa, afirma Cevasco.Desta maneira, os bens culturais deverão ser também compreendidos no interior da lógica de produção, sempre relacionados a valores e sensibilidades que permitam uma vivência harmoniosa e concreta na sociedade. O desafio será então o de criar condições para que todos possam ter acesso aos produtos culturais, disseminando o pensamento que as camadas populares também participam da cadeia produtiva de bens culturais e que, então não serão apenas consumidores (quando permitidos) destes mesmos bens.
Uma política cultural que se permita ser comprometida com os aspectos de transformação social vigente e que pense arte, cultura e produção cultural levando em consideração seus aspectos multifacetados, ao mesmo tempo em que assuma claramente o compromisso com a maioria da comunidade. Uma política cultural que deverá desde já abandonar a idéia da simples oferta de atividades e eventos, mas que garanta as condições necessárias para o investimento em projetos que cumpram com o papel de formação, levando sempre em consideração as diversidades de manifestações culturais que seu povo produz e consome.
Cabe então uma pergunta: Quem estabelece o que seja tradição? O que realmente chamamos de tradição? Como e quem poderá incutir valores, sejam eles positivos ou negativos as manifestações culturais desse povo? Pergunta Vitor de Andrade Melo. Seus questionamentos e inquietações se apresentam como sinal de alerta para os Animadores Culturais e Instrutores de Arte e Ofício que atuam na rede municipal de ensino em Campos dos Goytacazes, pois estes não deverão ignorar os cânones, mas nunca idolatrá-los a partir de julgamento a priori.
Por uma educação que liberte e seja libertária.
Pense nisso e uma semana de evolução e progresso.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Programa de Qualificação Profissional.




Nos dias 13, 14 e 15 de Maio das 13:00 as 17:00h no Auditório Amaro Prata Tavares ( SMEC)vai acontecer o Programa de Qualificação Profissional para Animadores Culturais Escolares e instrutores de Artes e Ofício da rede municipal de ensino. O Programa será coordenado pelos membros do grupo de estudo em animação cultural escolar visando conscientizar o A.C. e I.A.O em relação ao seu papel enquanto mediador dos bens culturais entre escola, comunidade e sociedade como um todo.
Participe!! Não fique fora dessa!!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

SANTO DE CASA NAO FAZ MILAGRE


SANTO DE CASA NÃO FAZ MILAGRE

Nem para beneficiar uma área tão necessária quanto a educação nossos “santos” se manifestam. Depois ficam querendo estigmatizar moradores da Zona Rural como os “da roça”, então perderam a “carroça”, porque com o afastamento do Prefeito Alexandre Mocaiber, ficou praticamente impossível de resolver o assunto transporte para os alunos dos distritos de Santa Maria e Santo Eduardo que têm de se “transformar” em R$25,00 para auxiliar no combustível de um ônibus de uma empresa que os apóia. É um absurdo uma situação como essa. Uma cidade tão rica, capaz de ser uma das mais desenvolvidas do Brasil, ter tantas dificuldades. Até onde tudo isso vai parar? Os estudantes não têm nem condições de vir até à Universidade, já que o transporte é ineficiente as condições básicas determinantes para tais alunos. É uma falta de respeito com os estudantes que serão os grandes profissionais futuramente que o irão fazer a diferença. Essa situação tem se repetido periodicamente e atrapalhado as aulas, já que os alunos não têm como chegar as suas instituições de ensino. Os estudantes contaram que, desde que foi deflagrada a operação Telhado de Vidro, que afastou o Prefeito Alexandre Mocaiber, o transporte deixou de funcionar.

Estudantes fizeram diversas manifestações contra a falta do transporte gratuito em Campos em frente à Câmara Municipal, mas que infelizmente foi frustrada. É correto reivindicar seus direito, ainda mais quando se trata de algo que irá trazer benefícios não somente aos que usufruem de tais benefícios quanto àqueles que disponibilizam condições beneficentes, nesse caso o transporte coletivo gratuito pelo qual os alunos dependem. Estudar é vontade de muitos, mas poucos usufruem das condições de ingressar e terminar uma faculdade. Viajar quilômetros todos os dias para poder chegar as aulas. Pessoas assim merecem um pouco mais de atenção e incentivo para tornarem-se profissionais qualificado e aptos a exercerem suas funções. Assim, todos podem se beneficiar, tanto alunos como governo, pois com profissionais formados e qualificados, a economia, tanto local quanto a economia mais abrangente, pode se desenvolver.

Espera-se que os governantes da cidade de Campos dos Goytacazes possam olhar com mais atenção a situação de todos os alunos que dependem tanto de transporte quanto de outros meios que a prefeitura oferece para continuarem a estudar e se desenvolver.

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domingo, 6 de abril de 2008

Descarte a Alienação, Direitos do Cidadão

Descarte a Alienação, Direitos do Cidadão

Para que “os direitos do público” possam ser analisados de forma coerente, primeiro temos de entender que direitos são esses.

Sabemos que o direito da liberdade de expressão é inegável, que o direito de se comunicar também o é. Mas até que ponto o público conhece realmente seus direitos? Ou, até que ponto eles são realmente respeitados?

Vivemos em um mundo cercado de tecnologia, que nos proporciona meios mais fáceis e rápidos de nos comunicar com o próximo, porém quantos podem usufruir dessa tecnologia? No país em que vivemos existem muitas controvérsias sobre esse ponto.

A burocracia, as leis e o sistema muitas vezes são os grandes vilões do acesso aos meios de comunicação e cultura nos quais todo cidadão tem direito. Homens que trabalham para ter o seu sustento e de sua família, pessoas que geralmente não têm tempo para o lazer e entretenimento devido às longas jornadas de trabalho, os baixos salários, o alto preço dos produtos, desde um simples dvd ao a uma viagem de intercambio, transformam o cidadão em um mero ser passivo, incapaz de desenvolver sua autocrítica, ou melhor, cidadãos que não são capazes de criticar, analisar e desenvolver novas idéias.

Os direitos de livre expressão estão sendo esquecidos e não são, em muitos casos, conhecidos, pois será que podemos falar o que quisermos não importando o local onde estejamos? Com isso, a repressão cultural e a falta de autocrítica passam a ser a arma principal do governo, pois esse aliena o povo e o faz esquecer de sua capacidade de agir e lutar por seus reais direitos. Com essas atitudes que levam a alienação, muitos se vêem obrigados a entrar na ilegalidade e o meio de comunicação mais expressivo e completo no mundo hoje, a internet, é a ferramenta mais usada para burlar a barreira que impõe o acesso de todos ao maior bem que existe, a cultura. Apesar de os meios de comunicação e cultura serem muitos em todo o lugar, nem todos têm acessibilidades a esses tais meios.

Ser ativo, deixar de ser um consumidor casual, é o objetivo a ser alcançado o mais rápido possível, mas para isso tal meta deve ser pensada como algo que deveria ser feito “ontem” e não como uma utopia inatingível. Queremos um público ativo sim, mas para isso deve ser trabalhada a consciência, o foco e a crítica. Esse é um processo que deve ser iniciado desde o berço e se estender até a morte. Saber dos direitos sobre educação e cultura, não significa somente ouvir e armazenar, é agir, criticar, opinar e lutar por constantes mudanças para que assim a passividade se transforme em atividade, sempre.