Descarte a Alienação, Direitos do Cidadão
Para que “os direitos do público” possam ser analisados de forma coerente, primeiro temos de entender que direitos são esses.
Sabemos que o direito da liberdade de expressão é inegável, que o direito de se comunicar também o é. Mas até que ponto o público conhece realmente seus direitos? Ou, até que ponto eles são realmente respeitados?
Vivemos em um mundo cercado de tecnologia, que nos proporciona meios mais fáceis e rápidos de nos comunicar com o próximo, porém quantos podem usufruir dessa tecnologia? No país em que vivemos existem muitas controvérsias sobre esse ponto.
A burocracia, as leis e o sistema muitas vezes são os grandes vilões do acesso aos meios de comunicação e cultura nos quais todo cidadão tem direito. Homens que trabalham para ter o seu sustento e de sua família, pessoas que geralmente não têm tempo para o lazer e entretenimento devido às longas jornadas de trabalho, os baixos salários, o alto preço dos produtos, desde um simples dvd ao a uma viagem de intercambio, transformam o cidadão em um mero ser passivo, incapaz de desenvolver sua autocrítica, ou melhor, cidadãos que não são capazes de criticar, analisar e desenvolver novas idéias.
Os direitos de livre expressão estão sendo esquecidos e não são, em muitos casos, conhecidos, pois será que podemos falar o que quisermos não importando o local onde estejamos? Com isso, a repressão cultural e a falta de autocrítica passam a ser a arma principal do governo, pois esse aliena o povo e o faz esquecer de sua capacidade de agir e lutar por seus reais direitos. Com essas atitudes que levam a alienação, muitos se vêem obrigados a entrar na ilegalidade e o meio de comunicação mais expressivo e completo no mundo hoje, a internet, é a ferramenta mais usada para burlar a barreira que impõe o acesso de todos ao maior bem que existe, a cultura. Apesar de os meios de comunicação e cultura serem muitos em todo o lugar, nem todos têm acessibilidades a esses tais meios.
Ser ativo, deixar de ser um consumidor casual, é o objetivo a ser alcançado o mais rápido possível, mas para isso tal meta deve ser pensada como algo que deveria ser feito “ontem” e não como uma utopia inatingível. Queremos um público ativo sim, mas para isso deve ser trabalhada a consciência, o foco e a crítica. Esse é um processo que deve ser iniciado desde o berço e se estender até a morte. Saber dos direitos sobre educação e cultura, não significa somente ouvir e armazenar, é agir, criticar, opinar e lutar por constantes mudanças para que assim a passividade se transforme em atividade, sempre.
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